Com o intuito de pensar, valorizar e divulgar o património fílmico nacional, o Batalha comissaria um ciclo anual inteiramente dedicado ao cinema português e à sua história, com uma cadência quinzenal às quartas-feiras. Trata-se de um programa abrangente, mas incisivo, composto por cineastas e obras mais ou menos celebrados, sempre fundamentais para pensar as matrizes do nosso cinema.
A proposta da dupla curatorial convidada para a primeira edição do Seleção Nacional debruça-se sobre os desenvolvimentos políticos, estéticos e sociais do cinema português. Apresentada em constelações, recoloca filmes em diálogo a partir de temas específicos, resultando daí uma nova forma de revisitar estas obras, os seus tempos, e os seus rasgos artísticos.
Em março e abril, continua a ser apresentada a Constelação #4: Lagutrop. O cinema português, na sua reduzida capacidade de produção, nunca teve um cinema de ficção científica ou fantástico com visível expressão. Isso não significa que os temas distópicos não tenham habitado de forma transversal vários momentos da nossa filmografia. Nesta constelação, pretende-se mostrar alguns desses exemplos, obras menos conhecidas ou mesmo ignoradas onde se cruzam ecrãs de computadores dos primórdios da computação com as ruínas selvagens de uma arquitetura vanguardista abandonada, e temas que circulam pela ameaça nuclear, a impossibilidade da maternidade ou as escatologias do fim do mundo.
Curadoria de Daniel Ribas e Paulo Cunha. Programa desenvolvido com o apoio da Cinemateca Portuguesa — Museu do Cinema.
A Força do Atrito, Pedro M. Ruivo, 1993
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Com o intuito de pensar, valorizar e divulgar o património fílmico nacional, o Batalha comissaria um ciclo anual inteiramente dedicado ao cinema português e à sua história, com uma cadência quinzenal às quartas-feiras. Trata-se de um programa abrangente, mas incisivo, composto por cineastas e obras mais ou menos celebrados, sempre fundamentais para pensar as matrizes do nosso cinema.
A proposta da dupla curatorial convidada para a primeira edição do Seleção Nacional debruça-se sobre os desenvolvimentos políticos, estéticos e sociais do cinema português. Apresentada em constelações, recoloca filmes em diálogo a partir de temas específicos, resultando daí uma nova forma de revisitar estas obras, os seus tempos, e os seus rasgos artísticos.
Em março e abril, continua a ser apresentada a Constelação #4: Lagutrop. O cinema português, na sua reduzida capacidade de produção, nunca teve um cinema de ficção científica ou fantástico com visível expressão. Isso não significa que os temas distópicos não tenham habitado de forma transversal vários momentos da nossa filmografia. Nesta constelação, pretende-se mostrar alguns desses exemplos, obras menos conhecidas ou mesmo ignoradas onde se cruzam ecrãs de computadores dos primórdios da computação com as ruínas selvagens de uma arquitetura vanguardista abandonada, e temas que circulam pela ameaça nuclear, a impossibilidade da maternidade ou as escatologias do fim do mundo.
Curadoria de Daniel Ribas e Paulo Cunha. Programa desenvolvido com o apoio da Cinemateca Portuguesa — Museu do Cinema.
Daniel Ribas
Investigador, programador e crítico de cinema, é Professor Auxiliar na Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa, onde coordena o Mestrado em Cinema. É Diretor do CITAR — Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes. Foi curador de vários programas de filmes, nomeadamente para o Porto/Post/Doc, no qual foi membro da Direção Artística entre 2016 e 2018. É atualmente programador do Curtas Vila do Conde IFF. Doutorado em Estudos Culturais pelas Universidades de Aveiro e Minho, escreve sobre cinema português, cinema contemporâneo e experimental.
Paulo Cunha
Desenvolve trabalho em investigação, programação e crítica de cinema. É Professor Auxiliar na Universidade da Beira Interior, onde é Diretor do Mestrado em Cinema e Vice-Presidente do Departamento de Artes. É membro integrado do LabCom — Comunicação e Artes e colaborador do CEIS20 — Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra e do INCT Rede Proprietas. É atualmente programador do Curtas Vila do Conde e do Cineclube de Guimarães. Doutor em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra, escreve sobre cinema português, estudos decoloniais, crítica e cultura cinematográficas.
Programa completo
Constelação #4: Lagutrop
Março–Abril
Cem Raios T’Abram, Cem Raios t'Abram, 2015
Os Sonâmbulos, Patrick Mendes, 2014
A Invenção do Amor, António Campos, 1965
E o Tempo… Atrás Voltou, Geraldo Lopes, 1960
Logro, Rita Figueiredo, 2005
A Força do Atrito, Pedro M. Ruivo, 1993
Fragmentos de Sal, Cristina Teixeira, 2000
Tragam-me a Cabeça de Carmen M., Catarina Wallenstein e Felipe Bragança, 2019
Remains, Sandro Aguilar, 2002
O Cinema Unido Jamais Será Vencido — Especial 25 de Abril
A Noite Saiu à Rua, Filmógrafo, 1987
Memórias das Minas de São Pedro da Cova, Cinequanon, 1975
Luta do Povo: Alfabetização em Santa Catarina, Grupo Zero, 1976
Jornal Cinematográfico Nacional n.º 10, Unidade de Produção n.º 1 do IPC, 1976
As Desventuras de Drácula Von Barreto nas Terras da Reforma Agrária, Célula de Cinema do PCP, 1977
Ano Um, Cinequipa, 1975
Sessões
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Famílias
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