Prolífica realizadora, atriz e argumentista — por vezes, em simultâneo —, Mai Zetterling permanece hoje, inexplicavelmente, pouco revisitada e celebrada.
Ainda adolescente, distinguiu-se no grande ecrã com Torment (1944), filme sueco realizado por Alf Sjöberg e escrito pelo jovem Ingmar Bergman. Seria o primeiro de diversos êxitos de bilheteira por si (co)protagonizados — na sua Suécia natal, no Reino Unido, e em Hollywood. Contudo, foi quando migrou para o outro lado das câmaras, nos anos 60, que Zetterling firmou a sua assinatura na história do cinema, realizando filmes ousados e transgressivos, que ainda hoje se revelam atuais no tema e no tom.
De fronteiras esbatidas entre realidade e sonho, memória e fantasia, o seu cinema gira em torno de protagonistas em busca do seu lugar no mundo e em confronto com o papel de género que lhes foi imposto. Confronto que Zetterling embandeirou, na sua vida e carreira, ao filmar e falar abertamente de sexualidade, erotismo, casamento, direitos reprodutivos e independência.
Nomeada para a Palma de Ouro no Festival de Cannes, a sua longa-metragem de estreia, Loving Couples (1964), gerou controvérsia por incluir nudez e cenas de sexo homossexual. A história repetir-se-ia com Night Games (1966) e The Girls (1968) — o último aclamado como obra-prima por Susan Sontag e Simone de Beauvoir. A par do seu envolvimento com o movimento feminista, Zetterling continuou a realizar, ficção e não-ficção, para cinema e televisão, até aos anos 80, nunca deixando de representar até ao final da sua vida.
O Batalha apresenta a primeira retrospetiva em Portugal dedicada à autora multifacetada, com filmes por si realizados ou protagonizados.
Loving Couples, 1964
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Prolífica realizadora, atriz e argumentista — por vezes, em simultâneo —, Mai Zetterling permanece hoje, inexplicavelmente, pouco revisitada e celebrada.
Ainda adolescente, distinguiu-se no grande ecrã com Torment (1944), filme sueco realizado por Alf Sjöberg e escrito pelo jovem Ingmar Bergman. Seria o primeiro de diversos êxitos de bilheteira por si (co)protagonizados — na sua Suécia natal, no Reino Unido, e em Hollywood. Contudo, foi quando migrou para o outro lado das câmaras, nos anos 60, que Zetterling firmou a sua assinatura na história do cinema, realizando filmes ousados e transgressivos, que ainda hoje se revelam atuais no tema e no tom.
De fronteiras esbatidas entre realidade e sonho, memória e fantasia, o seu cinema gira em torno de protagonistas em busca do seu lugar no mundo e em confronto com o papel de género que lhes foi imposto. Confronto que Zetterling embandeirou, na sua vida e carreira, ao filmar e falar abertamente de sexualidade, erotismo, casamento, direitos reprodutivos e independência.
Nomeada para a Palma de Ouro no Festival de Cannes, a sua longa-metragem de estreia, Loving Couples (1964), gerou controvérsia por incluir nudez e cenas de sexo homossexual. A história repetir-se-ia com Night Games (1966) e The Girls (1968) — o último aclamado como obra-prima por Susan Sontag e Simone de Beauvoir. A par do seu envolvimento com o movimento feminista, Zetterling continuou a realizar, ficção e não-ficção, para cinema e televisão, até aos anos 80, nunca deixando de representar até ao final da sua vida.
O Batalha apresenta a primeira retrospetiva em Portugal dedicada à autora multifacetada, com filmes por si realizados ou protagonizados.
Programa completo
Amorosa, 1986
Scrubbers, 1982
The Girls, 1968
Dr. Glas, 1968
Night Games, 1966
Loving Couples, 1964
The War Game, 1962
Music in Darkness, Ingmar Bergman, 1948
Frieda, Basil Dearden, 1947
Sessões
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