No momento em que Ken Loach anuncia o fim da sua carreira como realizador, após seis décadas de intensa produção, dedicamos uma retrospetiva à sua obra, celebrizada pelos retratos arrojados e sem concessões da pobreza e da marginalização no Reino Unido.
Iniciando o seu percurso na BBC na década de 60, com docudramas que geraram polémicas e recolocaram temas na agenda política, rapidamente cimentou a sua posição de cineasta “de esquerda”, interessado em expor o quotidiano de comunidades que lutam contra a desigualdade política, social e económica. As obras que depois viria a realizar para cinema, inscritas dentro de uma ideia de realismo social, ora endereçam críticas mordazes ao capitalismo, ora refletem sobre questões identitárias do seu país.
Os seus filmes, muitos deles criados em parceria com o argumentista Paul Laverty e a produtora Rebecca O’Brien, foram distinguidos múltiplas vezes em festivais de cinema como Cannes, Berlim, Locarno, Roterdão e Veneza.
Entre setembro e novembro, apresentamos mais dez longas-metragens do cineasta, realizadas entre o final dos anos 90 e o ano passado, incluindo duas das obras galardoadas com a Palma de Ouro em Cannes: The Wind that Shakes the Barley (2006) e I, Daniel Blake (2016).
Curadoria de Gareth Evans
The Wind that Shakes the Barley, Ken Loach, 1969
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No momento em que Ken Loach anuncia o fim da sua carreira como realizador, após seis décadas de intensa produção, dedicamos uma retrospetiva à sua obra, celebrizada pelos retratos arrojados e sem concessões da pobreza e da marginalização no Reino Unido.
Iniciando o seu percurso na BBC na década de 60, com docudramas que geraram polémicas e recolocaram temas na agenda política, rapidamente cimentou a sua posição de cineasta “de esquerda”, interessado em expor o quotidiano de comunidades que lutam contra a desigualdade política, social e económica. As obras que depois viria a realizar para cinema, inscritas dentro de uma ideia de realismo social, ora endereçam críticas mordazes ao capitalismo, ora refletem sobre questões identitárias do seu país.
Os seus filmes, muitos deles criados em parceria com o argumentista Paul Laverty e a produtora Rebecca O’Brien, foram distinguidos múltiplas vezes em festivais de cinema como Cannes, Berlim, Locarno, Roterdão e Veneza.
Entre setembro e novembro, apresentamos mais dez longas-metragens do cineasta, realizadas entre o final dos anos 90 e o ano passado, incluindo duas das obras galardoadas com a Palma de Ouro em Cannes: The Wind that Shakes the Barley (2006) e I, Daniel Blake (2016).
Curadoria de Gareth Evans
Programa completo
Land and Freedom, 1995
Carla's Song, 1996
Bread and Roses, 2000
11'09"01 September 11 [segmento "United Kingdom"], 2002
Hidden Agenda, 1990
The Wind that Shakes the Barley, 2006
Raining Stones, 1993
Ladybird, Ladybird, 1994
I, Daniel Blake, 2016
Sorry We Missed You, 2019
The Old Oak, 2023
Sessões
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