A Confederação — O Povo é que Faz a História inicia a sua vida como um argumento escrito a quatro mãos, por correspondência, entre duas pessoas apartadas de Portugal pela ditadura vigente: o realizador Luís Galvão Teles e o escritor Amadeu Lopes Sabino. Mas quando a longa-metragem é finalmente filmada, e depois estreia em 1978, tudo mudara no país. Integrando o ciclo Políticas do Sci-Fi, esta longa-metragem (um exemplo raro do género dentro do cinema nacional) conta a história de um amor proibido entre militantes de fações opostas, num hipotético futuro em que Portugal é ainda campo de batalha para as esferas soviética e americana.

Ao longo dos foyers do Batalha, esta exposição documental dedicada ao filme e seus intervenientes explica um processo de criação, produção e receção que espelha a atribulação dos tempos que atravessou. De fotografia a correspondência pessoal, de fichas da PIDE a recortes de imprensa, traça-se um percurso de criação que atravessa uma ditadura, um processo revolucionário, e os primeiros governos constitucionais.