O último dos três filmes lançados por Ōshima em 1960, nos quais retratou o lugar da juventude na moderna sociedade japonesa, destaca-se por ser o mais amargo, mas também o mais analítico. A narrativa gira em torno de um grupo de antigos estudantes ativistas — que protestaram contra a assinatura do Tratado de Segurança EUA–Japão — que volta a encontrar-se num casamento. O filme explora o desencanto e os conflitos ideológicos entre os personagens, que em tempos lutaram apaixonadamente por causas de Esquerda. Amplamente aclamado pela crítica e considerado uma das obras mais pessoais de Ōshima, este drama reflete a desilusão do cineasta com a Esquerda ortodoxa da sua época. Lançado pouco antes do assassinato do líder do Partido Socialista japonês por um estudante de Extrema-Direita, o filme foi retirado dos cinemas pouco tempo depois de ter estreado, levando Ōshima a abandonar o estúdio onde trabalhava, a Shōchiku.