É verão e Miguel está de “castigo” numa estalagem à beira-mar, um espaço em visível decadência preso a um certo passado. Para além dos livros de matemática, o rádio com leitor de cassetes e os lápis de cor, leva consigo a curiosidade típica da adolescência. Aos poucos, inicia-se nos ziguezagueantes jogos das mentiras e dos desejos. Produzido com um baixo orçamento e uma equipa extremamente reduzida, a primeira longa-metragem de Joaquim Pinto mostra como o cinema português queria muito ser novo, abrir-se aos ritos de passagem que rimavam com a nova geração de cineastas que então despontava.