Quatro estudantes em pleno despertar sexual, que fantasiam sobre um colega de turma, preparam-se para os exames de admissão na universidade. Depois de se encontrarem com um professor embriagado que lhes ensina a sublimar as frustrações reprimidas através de cantigas brejeiras, o grupo mergulha no abismo traiçoeiro da imaginação, sem olhar para as consequências morais dos seus atos. Este drama psicossexual de Ōshima, inspirado nos escritos de Tomomichi Soeda — que defendia que as canções eróticas representavam as vozes oprimidas do homem comum — constitui uma dura crítica às expectativas e pressões sociais enfrentadas pelos jovens. Reflete, simultaneamente, o niilismo das suas aspirações e o seu vazio ideológico, ambos propulsores de uma violência desenfreada.